Hey, Droppers!

Na coluna ‘Ferrou’ de hoje: o Gemini 3 Pro apareceu debochando de outros modelos de IA enquanto raciocinava sobre o código enviado para análise por um usuário, falando “É um código limpo. Tem cheiro de Claude, com um ‘ar de superioridade’ que não se encaixa com o ChatGPT”.

No AiDrop de hoje, repetindo a palavra IA trocentas vezes:

• OpenAI: novo GPT e foco em agentes
• AI Slop: a palavra do ano
• Google: Translate de cara nova
• Nvidia: de volta ao jogo do software
• IA por aí: Runway, Zoom, Google e mais…
• Me explique como se eu fosse uma criança: speech-to-speech

MODELOS

OpenAI: novo GPT e foco em agentes

Quase azedaram o panetone da OpenAI, mas a maior startup de IA do mundo vai fechar 2025 com boas novas. Depois de lançamentos, expectativas, flops e retornos, a empresa chega em dezembro com o GPT 5.2 e uma nova iniciativa para padronizar agentes.

Mesmo que o novo modelo não seja anunciado com as pompas de “melhor do mundo”, é evidente que ele vem na onda do “Code Red” e surge como uma resposta imediata aos Claude Opus 4.5 e Gemini 3 Pro, que ofuscaram o GPT-5.1. A atualização:

  • É melhor em planilhas, apresentações, código, interpretação de imagens, contexto longo, uso de ferramentas e projetos multi-etapas;

  • Atingiu um recorde no benchmark ARC-AGI-2 (um dos mais difíceis para a IA), tendo um resultado ~3x melhor que o 5.1;

  • Já chegou sendo integrado em todas as ferramentas que você pode imaginar (Notion, Perplexity, Cursor e várias outras em alta).

E, para aproveitar as novas tecnologias, a OpenAI fechou uma parceria com a Block e a Linux Foundation para determinar o novo padrão dos agentes de IA.

  • Criaram a Agentic AI Foundation (AAIF) dentro da Linux Foundation pra ser um “lar neutro” de padrões abertos e infraestrutura interoperável. A ideia é fazer agentes conversarem/operarem entre ferramentas e fornecedores sem virar um caos de integrações;

  • Cada um levou uma peça do “encanamento” do mundo agentic: Anthropic doou o MCP, a Block entrou com o framework Goose, e a OpenAI levou o AGENTS.md (um padrão simples pra guiar como agentes de código devem se comportar dentro de repositórios);

  • O movimento já nasce com peso de ecossistema: possui apoio do Google, Microsoft, AWS, Bloomberg, Cloudflare etc. justamente pra evitar fragmentação e vendor lock-in.

Se 2025 foi o ano que a OpenAI assinou cheques de dezenas de bilhões de dólares, 2026 vai ser o ano em que ela precisa mostrar que tem como pagar cada um deles – ou pelo menos honrar as primeiras parcelas. E liderar o mercado além dos chatbots pode ajudar bastante nessa missão.

PS: Não somente isso, a OpenAI também fez uma parceria recebendo US$ 1 bilhão da Disney e garantiu direitos dos seus personagens para o Sora em 2026 e muito mais →

IA POR AÍ
  • Google criou a Google Code Wiki, uma plataforma que gera documentação para repositórios públicos do GitHub.

  • ChatGPT adicionou os chats “derivados” ao app de iOS e Android; antes só era possível na versão web.

  • Runway lançou o Runway Gen 4.5 para os usuários assinantes, atingindo um novo marco na qualidade de vídeo gerado por IA.

  • Zoom criou o Zoom Federated AI, um modelo de IA baseado no Gemini 3 Pro que teve 48,1% de acertos no Humanity’s Last Exam.

MUNDO

AI Slop: a palavra do ano

Não é bonito e nem agrega nada à humanidade, mas se espalhou rápido e dominou feeds de redes sociais e sites criados só pra arrecadar com ads. Esse é o conteúdo “Slop”, que foi tão relevante que se tornou a palavra do ano pela Merriam-Webster.

A tradução literal é: “desleixo”.

Mas a definição vai além: AI slop é uma enxurrada de conteúdo gerado por IA em escala industrial: rápido, barato e raso. Enche feeds, rende cliques, mas dilui valor, atenção e qualidade no processo.

Se engana quem pensa que o Slop se limita a imagens de tubarões de tênis ou vídeos de presidentes gigantes. O termo virou atalho para explicar desde livros, vídeos e músicas feitos por IA até uma “slop economy”, em que volume vale mais que qualidade – e chega a relatórios de empresas, peças jurídicas e trabalhos acadêmicos.

Basicamente: em quase todos os setores do mercado tem gente usando IA pra executar tarefas que não quer fazer – e sem nem se dar ao trabalho de revisar, vão inundando a internet de conteúdo dispensável.

O Merriam-Webster deixa claro que eleger Slop como a palavra do ano não significa que isso é bom. A justificativa é a mesma que a TIME usou para eleger os arquitetos da IA como a “pessoa do ano”: para o bem ou para o mal, isso define 2025.

A escolha do termo pelo dicionário mostra a importância que a IA tem conquistado na sociedade. E não é a única: o Collins já havia definido “vibe-coding” como o termo do ano, também no mesmo setor.

PS: o contrário de AI Slop é AiDrop, criado por humanos e sempre com checagem de fatos! Indique para seus amigos.

Já imaginou usar um navegador que em vez de buscar as páginas na internet, cria as suas próprias?

O Disco é o novo navegador do Google (em fase de testes) que tenta ir uma camada acima dos navegadores agênticos.

Ele funciona como um chat de assistente de IA e otimiza as buscas com poucos links, mas em vez de somente buscar e executar a tarefa por você, ele aprofunda na solicitação e cria um projeto interativo.

Isso pode resultar em um site que ajuda a explicar os conceitos: as chamadas “GenTabs” (ou abas generativas).

TRADUTOR

Google Translate de cara nova

Se os tradutores online já reduziram a demanda por intérpretes e peixes Babel, a IA tem dado ainda mais autonomia para os viajantes. E com modelos cada vez mais leves, rápidos e baratos, o Google decidiu seguir nesse caminho e reformular o Translate turbinado pelo Gemini para deixá-lo mais contextual.

Na prática, o modelo passa a lidar melhor com nuances, entendendo melhor gírias e expressões idiomáticas. Ou seja: com traduções muito menos literais do que as atuais.

Mas, não é só nas traduções de texto que teve uma melhoria:

  • Tradução simultânea com fones: preservando tom, cadência e ênfase, é um tradutor speech-to-speech que você poderá usar fones de ouvido para se comunicar com falantes de outros idiomas.

  • Modo prática turbinado: para bater de frente com o Duolingo, agora o app do tradutor tem uma contagem de dias em sequência, além de receber um update no feedback da fala.

  • Mais países e combinações: expansão para 20 novos idiomas, por enquanto somente nos EUA e Índia como teste – mas chegará em outros países no ano que vem (tá logo ali).

Se o app realmente ganhar mais público com essas novidades, se iniciará uma guerra fria com o Duolingo – que já passou por queda nas ações quando o ChatGPT lançou uma ferramenta similar. Agora, resta saber se o Google Translate vai continuar relevante sozinho ou se ele vai ser cada vez mais integrado ao ecossistema do Gemini em outros apps.

ME EXPLIQUE COMO SE EU FOSSE UMA CRIANÇA

Speech-to-speech

É uma tecnologia que pega a sua fala (em áudio) e transforma diretamente em outra fala (outro áudio). Você fala uma frase, o sistema entende o que você disse e devolve uma nova voz falando o resultado.

Pra comparar: speech-to-text é quando você fala e isso vira texto. Exemplo: você diz “lembra de comprar pão amanhã” e o dispositivo escreve essa frase na tela.

Já no speech-to-speech, você falaria “lembra de comprar pão amanhã” e o sistema poderia responder em áudio: “Claro! Vou te lembrar amanhã”, ou repetir sua frase em inglês, sem você precisar ler nada.

BIG TECHS

Nvidia de volta ao jogo do software

A Nvidia não faz só chips, mas está há tempos quietinha, sem muitas novidades no mundo do software. Mas aos 44 do segundo tempo do ano, ela reaparece para anunciar o novo Nemotron 3.

O primeiro modelo da família open-source é o Nemotron 3 Nano (30B). Ele não foi feito para ser “o melhor em tudo”, mas sim para ser bom e barato o suficiente para virar o motor do dia a dia para empresas, em diversas tarefas – inclusive competindo com outros modelos abertos do mesmo porte:

  • Qualidade em código: com 38,8% no SWE-Bench (benchmark de engenharia de software), fica acima do GPT-OSS-20B (34%) e bem acima do Qwen3-30B (22%).

  • Janela de contexto: 1 milhão de tokens, ideal para suportar muitos documentos, logs, códigos grandes etc.

  • Menos enrolação: até 60% menos tokens de raciocínio, com maior aproveitamento do modo “thinking”.

  • Mais velocidade: até 3,3x mais rápido na resposta do que os citados Qwen3-30B e GPT-OSS-20B.

Embora o modelo seja rápido e pequeno, não quer dizer que seja “burro”. Muitas empresas possuem necessidades de funções agênticas que não precisam gastar em APIs como as do GPT 5.2, Gemini 3 Pro ou Claude Sonnet 4.5. Ainda mais quando se tratam de funções básicas, como “converter X conteúdo para dados estruturados”, “interpretar humor de mensagem” etc.

Além do Nano com 30B, vão ser lançadas duas versões maiores no ano que vem: Super (~100B) e Ultra (~500B), todos open source.

Em um mundo onde os modelos chineses abertos cresceram muito e as empresas dos EUA ficam cada vez mais fechadas, o Nemotron surge como uma resposta potente do ocidente. E ainda coloca a Nvidia em destaque em mais um nicho que ela pode controlar usando seus chips.

PS: Se interessou? Pode utilizar uma versão gratuita do Nemotron 3 Nano no OpenRouter de graça, com janela de contexto de até 256 mil tokens.

CAIXA DE FERRAMENTAS

O Adapta One 26 é tipo um “super app de IA”: em vez de você assinar um monte de ferramentas separadas, ele junta os melhores modelos pagos (GPT, Claude, Gemini e cia) em um único lugar, com cursos, certificações e funcionalidades exclusivas para te ajudar a trabalhar melhor.

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