
Hey, Droppers!
Na coluna ‘Ferrou’ de hoje: dois anos atrás a média de QI das IAs era de 92 pontos – abaixo da ““média humana””, que fica perto dos 100. Hoje, a IA mais inteligente possui um QI maior que 98% dos humanos.
No AiDrop de hoje, repetindo a palavra IA trocentas vezes:
• Claude Opus 4.5: o dev da semana
• Amazon: o concierge da loja virtual
• Seguros: contra tudo… menos contra o chatbot
• IA por aí: Sora, Microsoft, Grokipedia e mais
• Me explique como se eu fosse uma criança: in-context Learning

MODELOS
Claude Opus 4.5: o dev da semana

A pista de dança lançamentos ficou cheia nas últimas semanas, com ChatGPT, Grok e Gemini chegando em novas versões. Agora a Anthropic decidiu entrar no baile, mandou o famoso “hold my beer” e lançou o Claude Opus 4.5 – o novo melh… esquece isso aí. Chega de datar os lançamentos de IA.
A novidade começa com a Anthropic, famosa por não brincar de liquidação, surpreender no preço: soltou um novo Opus 3x mais barato que o anterior e ainda despejou uma lista inteira de recursos.
Parâmetro de esforço: um novo controle para desenvolvedores, que ajuda a determinar o esforço cognitivo do modelo, escolhendo se prefere análises mais profundas ($$$) ou respostas mais rápidas ($).
Conversas sem fim: o chat não é mais interrompido ao estourar o contexto (200k tokens). Agora, o modelo comprime automaticamente a memória e tudo isso é invisível para o usuário – disponível apenas para assinantes.
Claude Code no desktop: a ferramenta que antes operava somente via terminal ou GitHub, agora é uma aba dentro do app e pode codar dentro do seu computador.
Claude para Excel: saiu do beta fechado e agora está disponível para os usuários Team, Max e Enterprise.
Claude para o Chrome: todos usuários do plano Max agora podem utilizar o Claude no navegador como seu agente de navegação.
O que antes custava US$ 15 / US$ 75 no Claude Opus 4.1 agora caiu para US$ 5 / US$ 25 por milhão de tokens (entrada/saída) no Opus 4.5 – ficando até mais barato que o próprio Sonnet 4.5, já que o novo modelo tende a ser bem mais direto em algumas tarefas.
Depois dessa avalanche de lançamentos e “super IAs” de todos os lados, já ficou claro que não existe mais “o melhor modelo” – mas o mais indicado pra você. E isso não aparece só num benchmark, mas no uso real: GPT manda bem em escrita, Gemini brilha em front-end, Claude segura o back-end, Grok faz busca… e a lista só continua.
Toda semana tem um novo modelo querendo o troféu e você fica sabendo disso tudo com o AiDrop – além de entender também pra que cada um serve de verdade. E você pode ajudar esse jornal digital a chegar em mais caixas de entrada, pegando seu link de indicação e mandando pra todo mundo.
IA POR AÍ
Sora recebeu seis estilos de vídeos novos: ação de graças, Vintage, Noticiário, Selfie, Quadrinhos e Anime.
Microsoft lançou o Fara, um modelo de IA focado em uso de computador; ele tem apenas 7B parâmetros – será que poderá ser integrado ao Windows?
Google lançou em beta o Google Flights Deals, um motor de busca com IA para encontrar os melhores valores de voos.
Grokipedia foi atualizado para a versão 0.2 e agora recebeu +150k artigos novos e notas da comunidade integradas.
Artificial Analysis criou um benchmark novo, onde o novo – e tunado – Gemini 3 Pro, obteve a melhor performance. Mas acertou só 9,1%.

Em clima de Black Friday, o ChatGPT resolveu brincar de vendedor e lançou um novo recurso de busca de produtos online, batizado de “Pesquisa de Compras”.
A ideia é simples, mas poderosa: você descreve o que quer – “um notebook leve pra viajar”, “um fone com cancelamento que não custe um rim” – e o modelo vasculha o varejo, compara opções e entrega as melhores opções.
Por trás disso está uma versão finetunada do GPT-5-mini, treinada especificamente para analisar produtos, filtrar opções relevantes e explicar por que escolheu cada item. Não é só um chatbot opinando: é um mini-especialista tentando poupar a sua rolagem infinita de reviews duvidosos.
E-COMMERCE
Amazon e o concierge da loja virtual

Pra quem duvida que a IA dá dinheiro de verdade, a Amazon resolveu abrir a planilha: o Rufus, seu assistente de compras, já está no ritmo de gerar US$ 10 bilhões a mais em vendas por ano. Não é um “potencial” ou “cenário otimista”, é o próprio CEO Andy Jassy, falando isso em uma call de resultados.
O Rufus é o assistente de compras da Amazon, embutido no app e no site, alimentado por modelos de IA da própria empresa, treinado para responder dúvidas, comparar produtos e ajudar o usuário a escolher o que comprar sem sair da plataforma.
Por trás desse número tem um combo bem agressivo de métricas:
250 milhões de pessoas já usaram o Rufus neste ano;
Crescimento de 140% em usuários mensais;
Aumento de 210% no número de interações;
Clientes que usam o Rufus têm 60% mais chances de concluir uma compra do que quem ignora o assistente.
O Rufus foi treinado em todo o catálogo da Amazon, em reviews, perguntas e respostas da comunidade e em informação da web. Ele responde desde dúvidas genéricas (“qual a diferença entre tênis de trilha e de rua?”) até perguntas bem específicas sobre um item.
A estratégia é: em vez de deixar o usuário escapar para o Google, para outra loja ou para outro chatbot de IA, a Amazon quer que toda a pesquisa aconteça lá dentro, no quintal dela.
Ao longo de 2025, a empresa expandiu o Rufus para mais países e adicionando funções como o “Help Me Decide”, que tenta destravar o clássico “não sei qual produto escolher”. Infelizmente, ainda não chegou no Brasil.
A Amazon está despejando muita grana em IA, abrindo data centers bilionários, rodando modelos pesados e usando a tecnologia até pra cortar camadas de gestão. Agora com IA nas mãos do usuário, mostra que quer dominar o cenário de ponta a ponta.
ME EXPLIQUE COMO SE EU FOSSE UMA CRIANÇA

In-context Learning
Diferente do Fine-tuning, o In-context learning é um modo onde o modelo de IA “aprende na hora” só lendo os exemplos que você coloca no próprio prompt, sem mudar nada dentro dele.
Por exemplo, com você falando: “quando eu escrevo X, você responde Y; quando eu escrevo A, você responde B” – e, a partir disso, ele tenta deduzir o padrão e continuar fazendo igual na próxima pergunta.
Na prática, em vez de treinar o modelo de novo, você ensina o “jeito certo” com poucas instruções e exemplos na mesma conversa.
O modelo não guarda isso para sempre, mas enquanto aquele contexto estiver na tela (na janela de contexto), ele se comporta como se tivesse sido treinado especificamente para aquela tarefa ou estilo.
NEGÓCIOS
Seguro contra tudo… menos contra o chatbot

Tem duas coisas que você paga pra não ter dor de cabeça: aspirina e seguro – e sempre torcendo pra nunca precisar usar. E existe seguro que protege contra quase tudo, de enchentes a furacões. Mas a IA conseguiu um feito raro: fez as seguradoras darem dois passos pra trás e soltarem um “isso aí é com você”.
Grandes seguradoras como AIG, Great American e WR Berkley estão pedindo aval nos EUA para incluir cláusulas que excluem qualquer uso de IA das apólices corporativas. Em alguns casos, é praticamente um “se teve IA no meio, eu não pago”. Qualquer produto, serviço ou processo que use a tecnologia pode virar motivo de recusa na hora do sinistro.
Por quê, Drop?
Porque o risco não é mais “uma empresa se ferrou”. O medo agora é um efeito dominó: se um modelo muito usado erra feio, de repente elas têm milhares de empresas com o mesmo problema ao mesmo tempo.
Um executivo de uma corretora de seguros resumiu: “um único prejuízo de US$ 400 milhões em uma empresa dá pra segurar. Dez mil prejuízos médios por causa do mesmo modelo? Você quebra o setor de uma vez só”.
E não é só uma paranoia, já existem alguns casos bizarros que aconteceram:
Google: levou um processo de ~US$ 110 milhões porque o AI Overview inventou que uma empresa de energia solar estava sendo processada pelo procurador-geral de um estado.
Air Canada: foi obrigada a honrar um desconto que o próprio chatbot da companhia simplesmente inventou.
Arup: perdeu cerca de US$ 25 milhões depois que fraudadores usaram uma versão clonada por IA de um executivo em uma videochamada para aprovar transferências.
O problema é que ninguém sabe exatamente quem é o culpado quando a coisa desanda: é o dev que integrou a IA? É a empresa que treinou o modelo? É o time que escreveu o prompt? É o usuário que clicou em “confirmar”?
Algumas seguradoras ainda cobrem software com IA, mas evitam grandes modelos de linguagem. Outras estão ajustando as apólices com aditivos. A QBE, por exemplo, criou um endosso que cobre multas do AI Act ligadas ao uso de IA, mas limita o pagamento a 2,5% do valor da apólice. A cobertura até existe – só que é quase simbólica.
À medida que modelos ficam mais integrados a tudo – do atendimento ao financeiro – as empresas vão ter que aprender a fazer algo que sempre terceirizaram: cuidar do próprio risco. Ou, pelo menos, entender onde estão pisando antes de culpar o chatbot.
CAIXA DE FERRAMENTAS
Se você não gosta de fazer slides e prefere delegar a tarefa para a IA, vai amar o Manus Slides!
Na barra de prompt, clique em “Create slides”
Digite um prompt solicitando o conteúdo da apresentação – pode ser por página, seção ou apenas o texto.
Antes de enviar, selecione o modelo da apresentação para ele utilizar
Vá pegar um cafezinho e espere ele gerar o resultado para você.
Confira todas as ferramentas que nós separamos na cAIxa de ferramentas do AiDrop!
MEME DA SEMANA


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