Hey, Droppers!

Na coluna ‘Ferrou’ de hoje: a banda Velvet Sundown tem mais de 500 mil ouvintes mensais no Spotify e lançou dois álbuns só no mês de junho. Muito fã e muito lançamento de um grupo que ninguém nunca tinha ouvido falar – talvez porque a banda não existe e todas as músicas são geradas por IA.

FUTURO DO TRABALHO

“Se você usar, a gente paga” (CANVA, 2025)

Enquanto ainda tem empresa debatendo se vale a pena ou não investir em inteligência artificial, o terror do photoshop Canva assume a pole-position: a partir de agora, cada um dos seus 5.000 funcionários pode escolher quantas e quais ferramentas de IA utilizar – desde que passem por um crivo de segurança.

“Todo mundo virou P&D”, de acordo com o CTO da empresa. A ideia é criar uma cultura de experimentações e acelerar o aprendizado coletivo, assumindo que o futuro do trabalho com IA não será padronizado, mas sim personalizado.

Essa autonomia serve para ajudar todo mundo a encontrar o que realmente funciona na rotina: engenheiros usando Cursor para codar, gestores com Custom GPTs para revisar metas de desempenho, marketeiros usando Sora para gerar criativos. A única regra é: humanos continuam responsáveis por tudo que a IA ajudar a produzir.

E o Canva não é o único priorizando a otimização da produtividade:

• Google: gera 30% de todo novo código usando IA – e estima que o uso de IA por lá pode resultar em 122h produtivas a mais por ano, por funcionário.

• Spotify: afirma que aumentou a eficiência das equipes de publicidade em 40% depois de integrar ferramentas de IA no Slack.

• Banco Inter: gerou uma economia anual de R$ 16 mi, reduziu os custos de serviço em 16,5% e ainda aumentou a retenção de clientes em 45% com IA.

• Accenture: estima que o Brasil possa alcançar ganhos de produtividade de 11-17% até 2038 com a adoção de IA.

A questão não é mais SE a IA vai transformar a forma como trabalhamos, mas QUANDO isso vai acontecer e QUEM vai se adaptar a tempo. O que o movimento do Canva mostra – e que outras empresas também começam a entender – é que o futuro do trabalho vai ser moldado por quem tiver curiosidade, autonomia e coragem de experimentar.

MEDICINA

Dr. House da IA

Os modelos de IA já aprenderam a dar respostas médicas com uma fluência profissional. Agora, a Microsoft quer dar um passo além e desenvolver até mesmo o raciocínio médico nas IA: essa é a proposta do MAI-DxO.

O novo framework age como um orquestrador: coordena vários LLMs, assume diferentes personas médicas, debate hipóteses, avalia custos e em seguida decide como agir. Se os modelos comuns são clínicos gerais, o MAI-DxO seria um Dr. House da IA – um “superdiagnosticador”.

Nos testes, o desempenho do sistema superou médicos experientes:

• MAI-DxO + GPT-4o: acertou 85,5% dos diagnósticos.

• Médicos humanos (21 profissionais experientes): acertaram apenas 20%.

Para chegar a esses resultados, o MAI-DxO ainda usou menos exames do que outros médicos, o que significou uma redução nos custos de 25% em relação ao que seria gasto anteriormente.

Unindo um sistema como o LLM do Google ou o novo modelo da Microsoft, em breve os médicos poderão trabalhar com folga suficiente para diagnosticar até 5x mais rápido que o normal. As filas do SUS aguardam ansiosamente pela ajuda.

IA POR AÍ

• Baidu lançou em open-source o Ernie 4.5 nas versões 0.3B, 21B e 424B e o Ernie-4.5-VL em 28B e 424B com e sem reasoning - um total de 10 modelos.

• Google apresentou o Gemma-3n-E4B, o primeiro LLM de menos de 10B parâmetros a atingir +1300 score no LM Arena.

• Yuval Harari, autor do best-seller Sapiens, estará no Brasil para debater sobre IA no 29° Congresso da ABRAMGE, no Teatro Santander.

• Kling AI atualizou seu modelo de Lip Sync e agora permite vídeos de até 60s, controle de personagem e ajuste na linha do tempo.

• WhatsApp adicionou um recurso com a Meta AI que resume as mensagens não respondidas do chat, organizando em tópicos.

• Alibaba tirou o Ovis U1 3B da cartola, um modelo de IA que funciona como o Flux Kontext para editar imagens, também open-source e roda localmente.

• Cursor criou um aplicativo web para administrar os agentes de IA. Ele permite ver e aplicar mudanças no código, acompanhar o progresso dos agentes etc.

ME EXPLIQUE COMO SE EU FOSSE UMA CRIANÇA

CAIXA DE FERRAMENTAS

Usar o Manus AI é como ter um exército de product managers ao seu dispor. Com a sua supercapacidade multiagentes, esse brinquedinho chinês está bombando desde o seu lançamento. Hoje você vai aprender a utilizá-lo para fazer uma seleção de candidatos com análise aprofundada. Uma tarefa que antes levaria dias, agora toma apenas alguns minutinhos.

[anexe os currículos + job description]

1. Receba currículos em qualquer formato, converta tudo para JSON estruturado (nome, contatos, histórico profissional, skills, idiomas, links) e sinalize campos ausentes.

2. Compare cada currículo ao job description, cruze palavras-chave, ontologias de cargo e gere uma “skill-score” ponderada por senioridade e tempo de uso da habilidade.

3. Use NLP para extrair traços comportamentais e cruze com os valores declarados da empresa e atribua um “cultural-index”.

4. Gere um ranking final com justificativas curtas, sinalize candidatos para entrevista, testes técnicos ou reprovação imediata.

MARKETING

Como as pessoas consomem IA?

Os primeiros produtos de inteligência artificial surgiram faz poucos anos, mas 600 milhões de pessoas já estão utilizando IA diariamente - mais que 10% dos usuários da internet no mundo!

Esse é um achado da pesquisa State of AI Consumer – que ouviu 5.200 pessoas nos EUA para entender melhor o comportamento típico dos usuários (e não-usuários) de IA fora dos cases corporativos e além do horário comercial.

Os recortes da pesquisa trazem alguns números bem interessantes, principalmente quando separa consumidores por geração:

• Gen Z: 76% já fizeram uso, mas só 21% usam no cotidiano.

• Millennials: os líderes com 24% de uso diário - e 70% já experimentaram.

• Gen X: cerca de 19% deles fazem uso diário, dos 59% que já usaram.

• Baby Boomers: 45% já testaram e 11% mantiveram o uso.

Mas também traz números para públicos com outras segmentações:

• Pais são um segmento mais intenso. 79% já usaram e 29% usam diariamente para organizar a casa, cuidar dos filhos e resolver tarefas.

• Estudantes com mais de 18 anos chegam aos 85% de uso cotidiano.

• Adultos empregados são 75% usuários, contra 52% de adoção entre os sem emprego.

Mesmo com o boom de ferramentas nichadas, a maioria dos consumidores continua centralizando suas interações em plataformas generalistas como ChatGPT e Gemini – que concentram receita e atenção.

Conclusão: apesar de todo hype nos bastidores de IA (rodadas multibilionárias, salários ultramilionários, valuations trilionários), o consumo dessa nova tecnologia ainda é, relativamente, superficial. Conforme os modelos melhoram, suas aplicações também devem evoluir: quanto tempo até que uma IA deixe de planejar uma refeição para efetivamente cozinhá-la?

MEME DA SEMANA

INDIQUE O DROP

O Dr. House diagnosticou você…

Calma, não é Lupus!

É só uma necessidade de compartilhar o AiDrop com seus amigos. A recomendação médica é clicar aqui pra pegar seu link de indicação e mandar para todo mundo. Não há contraindicações.