Hey, Droppers!
Na coluna ‘Ferrou’ de hoje: a gigante consultoria Deloitte teve que realizar um reembolso de ~US$ 289.000 para o governo da Austrália após entregar um relatório gerado por IA – com citações de artigos inexistentes e decisões judiciais fictícias.
No AiDrop de hoje, repetindo a palavra IA trocentas vezes:
• OpenAI: “O GPT não é só um chat"
• CodeMender: o Vibe Fixer do Google
• Moda: dos algoritmos para as roupas
• IA por aí: Anthropic, AstraZeneca, OAI e Taylor Swift (sim!)
• Me explique como se eu fosse uma criança: Software Development Kit (SDK)
MODELOS
OpenAI: um novo sistema operacional para web
O DevDay é um evento anual da OpenAI para programadores e foi lá que ela bateu o martelo: “o ChatGPT não é mais um chatbot!”. Agora, ele é oficialmente uma plataforma de execução de tarefas e produtos, que integra apps, agentes e modelos em um só lugar. A missão? Reduzir o atrito entre querer e fazer, sem sair da conversa.
Dos 800 milhões de usuários ativos no ChatGPT, 4 milhões são desenvolvedores. 0,5% dos users pode parecer pouco, mas há alguns que já passaram da marca de 1 trilhão de tokens gerados. Pra comparar, isso seria suficiente para gerar ~9,4 milhões de livros de ~80 mil palavras ou em torno de 1 bilhão de imagens.
Três principais anúncios sustentam esse objetivo:
Apps in ChatGPT (Apps SDK): agora os desenvolvedores podem criar integrações nos apps a partir de uma conversa (ex: Figma criando diagramas a partir de texto, Spotify criando playlists via chat etc).
AgentKit: na mesma estrutura que sistemas de automação, é um editor drag and drop com pouco uso de lógica de programação para executar fluxos completos com agentes de IA.
Codex: agora o modelo de coding tem integração com o Slack e IDEs, dashboard de administração, ganhou SDK próprio e ficou 50% mais veloz para revisar códigos.
Modelos novos na API: Sora 2, Sora 2 Pro, GPT-5-Pro e GPT-Image-1-mini – todos com preços competitivos.
Zoom Out: a comunidade de automação ficou atenta com o AgentKit; a OpenAI já matou algumas startups integrando recursos dentro do GPT e, agora, está mirando no coração das ferramentas de automação low-code (como n8n, Make e Zapier).
Zoom In: o mercado agora vê seus players bem definidos. A Anthropic foca em criar o melhor modelo de coding, Google expande seu portfólio antes do Gemini 3.0… E a OpenAI está focada em criar uma nova economia, conectando quase 1 bilhão de pessoas a produtos, lojas, plataformas e apps em seu próprio ecossistema.
PS: Jony Ive marcou presença no final do evento para atualizar sobre seu device com a OpenAI – que vai ser mais de um e há 15-20 ideias sendo exploradas. Ou seja: nada pronto até agora!
IA POR AÍ
Anthropic está disponibilizando em open-source uma das suas bibliotecas de testes de comportamento do Claude, para detectar bajulação e falsificação.
AstraZeneca fechou um acordo de até US$ 555 milhões para usar a plataforma de IA “AlgenBrain” na descoberta de novos alvos em imunologia.
Universidade de Liverpool desenvolveu um teste sanguíneo que pode detectar Alzheimer com anos de antecedência.
OpenAI fez um processo de acqui-hire da startup Roi, que administra despesas pessoais utilizando IA; futura feature do GPT?
Taylor Swift perdeu mais de 1 milhão de seguidores no Instagram após utilizar IA na promoção do seu novo álbum.
Depois de meses de testes em beta fechado (via convite), o Perplexity Comet foi lançado oficialmente e está disponível para download no Windows e macOS, com previsão de lançamento para dispositivos móveis em breve.
Baixe e teste o navegador agêntico do Perplexity aqui →
VIBE CODING
CodeMender: o Vibe Fixer do Google
O paradoxo do vibe coding: enquanto permite que quem não entende de programação também crie seus apps; a falta de conhecimento desses mesmos criadores deixa passar muitas brechas de segurança nos códigos. Aí o Google viu isso, foi pro front e colocou o DeepMind pra criar o CodeMender – um agente que conserta os erros.
Na prática, o vibe fixer CodeMender funciona como uma linha de montagem para correções:
Combina modelos de raciocínio com ferramentas de análise em ambientes de teste para propor mudanças seguras;
Detecta as vulnerabilidades reativas e proativas, isolando a causa em módulos/linhas específicas;
Gera soluções para o problema e reescreve trechos para eliminar bugs;
Valida automaticamente e, se funcional, envia a atualização diretamente para o GitHub.
Os testes principais já mostram resultados: em seis meses de experimentos o sistema colaborou em 72 projetos open-source, totalizando mais de 4,5 milhões de linhas verificadas.
O CodeMender não está só! No fim de setembro, a OX apresentou a VibeSec, que também atua sobre o Vibe Coding. Mas diferente das soluções que revisam a aplicação pronta, ela se integra ao gerador de código e às políticas internas das empresas, bloqueando brechas antes mesmo de elas entrarem na versão final.
Em um mundo onde mais de 40% dos desenvolvedores juniores admitem implementar códigos gerados por IA que não entendem completamente, ferramentas como o CodeMender podem ser essenciais para a validação da segurança de SaaS e infraestruturas empresariais.
ME EXPLIQUE COMO SE EU FOSSE UMA CRIANÇA
Software Development Kit (SDK)
É um conjunto pronto de ferramentas – bibliotecas, exemplos de código, documentação e utilitários – que desenvolvedores usam como uma “caixa de peças” para conectar funcionalidades complexas (pagamentos, login, acesso a sensores etc.) aos seus apps sem precisar implementar tudo do zero.
Na prática, usar um SDK é como montar um móvel seguindo instruções: você instala as peças prontas, copia exemplos e chama funções já testadas, o que torna o trabalho muito mais rápido, menos sujeito a erros e acessível mesmo para quem não quer mergulhar em todos os detalhes técnicos.
TRENDS
IA tá na moda: dos algoritmos para as roupas
Se um dia a moda foi definida pelas passarelas, hoje as tendências explodem – e desaparecem – nas timelines do TikTok, Instagram e Pinterest. E com tantos dados online, empresas e plataformas de varejo estão usando IA para fazer todo o possível para não perder nenhuma onda.
Na prática, o trabalho das IAs se parece com um termômetro da moda: modelos treinados em milhões de imagens e posts encontram "sinais fracos" (uma cor que aparece mais, algo que vira meme) e transformam isso em previsões acionáveis. As aplicações mais comuns são:
Geração de imagens para testar variações (ex: transformar a camisa azul em vermelho antes de pedir amostras);
Monitoramento em tempo real de redes sociais para achar as tendências emergentes;
Otimização de catálogo para definir quanto de cada item produzir e para quais mercados – reduzindo também desperdícios;
Try-ons virtuais e experiências personalizadas que aceleram a decisão de compra.
Saindo da teoria: as empresas que trabalham com dados visuais afirmam ter previsto tendências como estampas pontilhadas, a volta das sandálias flat-thong e o aumento do uso do amarelo, peças que apareceram nas passarelas e agora estão bombando nas cadeias de varejo.
O uso da IA tem encurtado os ciclos de lançamento de meses para semanas. Ainda assim, especialistas da WGSN e outras consultorias afirmam que virais nem sempre viram compras e o contexto cultural + curadoria continuam essenciais. Melhor não contar só com o ChatGPT na hora de montar o lookinho!
PS: ficar na moda do conhecimento também é bem fácil e você pode ser um trend-setter. Sabe como? Indicando o AiDrop pros amigos agora mesmo!
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