
Hey, Droppers!
Chegamos na última edição de 2025 do AiDrop, ~365 dias que parecem dois séculos compactados em 12 meses.
Foram 110 edições no ano, +160k palavras todas as terças e quintas aos 100k AiDroppers – os profissionais que mais se interessam em se destacar na indústria!
Obrigado por seguir com a gente e por construir esse novo jeito de aprender e evoluir profissionalmente – sem custo, sem tecniquês e sem interrupções.
Voltamos dia 6!
Na coluna ‘não ferrou’ de hoje: se o AiDrop fosse uma cidade, seria maior que ~94% das cidades brasileiras – e todos nós caberíamos dentro de ~1,27 Maracanã.
No AiDrop de hoje, repetindo a palavra IA trocentas vezes pela última vez no ano:
• Volta no tempo: como era a IA em janeiro de 2025?
• Automações: o ano dos agentes nada secretos
• Deu boa: o que mais hypou na IA em 2025
• Deu ruim: o que mais flopu na IA em 2025
• IA por aí: novidades de IAs que não tiveram recesso
• Me explique como se eu fosse uma criança: MCPs (quase o termo do ano)

RETRÔ
Como era a IA em janeiro de 2025?

Dá pra acreditar que a empresa mais valiosa do mundo (~US$ 4,3 tri) começou o ano com carinha de flop? Pois a Nvidia ficou assim quando a DeepSeek apareceu dizendo que podia ter resultados top de linha sem precisar de chips tão avançados – justamente onde a Nvidia estava ganhando muita grana. Foram US$ 600 bilhões de perdas em poucos dias.
A IA generativa estava voando com criação de conteúdo em texto, mas ainda estava longe (bem longe) de fazer imagens e vídeos realistas. E todo mundo esperava ansioso pelas automações levando economia nas empresas.
Na época, as comparações miravam os modelos recém-lançados: o o1 e o o3-mini, da OpenAI; o Gemini 2.0 Flash, do Google; e o Grok 2, da xAI. Todo mundo treinando nas “academias” de Jensen Huang.
O resultado foi um banho de realidade: nem o supercomputador da xAI, nem os bilhões da Microsoft entregaram um desempenho à altura do modelo da startup chinesa.
Nesse ponto, a IA já era capaz de:
Escrever e reescrever com qualidade “quase humana”: e-mails, posts, resumos, roteiros, copy de anúncio, revisão de tom com uma velocidade absurda;
Programar e depurar código de ponta a ponta: gerar funções, escrever testes, explicar bugs, refatorar, criar scripts e ajudar a montar pequenos produtos;
Ser um analista júnior: ler PDFs e planilhas, extrair insights, fazer síntese, comparar cenários, montar relatórios e sugerir próximos passos, de maneira mais simples;
Trabalhar com multimodal básico: entender imagens (prints, gráficos, documentos), descrever, comparar, achar inconsistências e ajudar algumas em tarefas visuais – mas geralmente falhando no teste dos 6 dedos.
Quando janeiro terminou, ficou claro que o resto do ano seria mais sobre eficiência do que hype: custo por token, qualidade de resposta e principalmente quem conseguiria entregar isso em larga escala.
IA POR AÍ
Anthropic lançou a segunda versão do seu projeto da máquina de vendas com o Claude Sonnet 4.5, mostrando lucro com mais consistência, mas ainda sem confiança total em deixar autônomo — porém houve progresso e evolução.
Mistral apresentou o seu novo modelo Mistral OCR 3, o melhor modelo de IA para fazer reconhecimento de caracteres/texto em documentos.
Luma Labs anunciou o Ray 3 Modify, que usa a tecnologia video-to-video e transforma seus clipes em uma estética diferente ou faz montagens detalhadas.
ChatGPT finalmente, depois de tantos anos, recebeu os alfinetes para fixar chats no topo e nós pararmos de perder a conversa no meio da lista.
AGENTES
O ano dos agentes nada secretos

Se a IA fosse um filme, nesse ano seria uma história de agente… Mas nada secreto. Até porque os agentes se espalharam por toda parte: casas, escritórios, indústrias. Se 2024 foi o ano da IA generativa, 2025 foi o da IA ativa.
A onda dos agentes de IA começou quando a Anthropic lançou o modo “Computer Use” no Claude – basicamente, a IA assumindo o controle do dispositivo para executar tarefas sozinha. Não demorou para Google e OpenAI correrem atrás e entrarem na disputa.
Com a chegada das grandes competidoras, veio também a ascensão das menores – com um protagonista que ajudou a inflar a tendência: o Manus AI. A promessa (cumprida) era ambiciosa: criar sites completos, apresentações, análises de dados e muito mais. E só tinha acesso por convite, deixando todo mundo instigado a testar a novidade. #orkutvibes
O que não faltou foi gente implementando esses agentes nas suas empresas e produtos. E pra levar pra todo mundo, o primeiro grande uso foi direto nos navegadores:
The Browser Company: com o Arc (e posteriormente, Dia Browser), integrando um agente que lia o conteúdo da página e resumia.
Opera: anunciou o Neon antes de todo mundo, mas a demora na chegada esfriou o hype.
Perplexity: lançou o Comet para um grupo fechado de usuários, sendo o primeiro com um agente que toma controle total do navegador.
OpenAI: chegou no fim do ano com o ChatGPT Atlas, seu navegador próprio – na mesma pegada do Comet, mas do ChatGPT.
Fora dos navegadores, quem conquistou corações e carteiras (muitas carteiras) foram os agentes especializados em vibe-coding.
Startups que alavancaram milhões com valuation de bilhões: Replit, Lovable, v0, Bolt – as mais capacitadas para tirar o seu SaaS do chão tendo pouca (ou nenhuma) habilidade com código.
Grandes players que criaram seus agentes de coding: Codex da OpenAI, Claude Code da Anthropic, Composer do Cursor, Cascade do Windsurf etc – os melhores atualmente para integrar em códigos já existentes.
Model Context Protocol: todos esses agentes começaram a compartilhar dados entre aplicativos através do MCP, criado pela Anthropic no final do ano passado – e virou padrão nesse ano.
E todo mundo aproveitou para lançar seu próprio terminal de IA: Gemini CLI do Google, Trae da ByteDance, Ollama (open-source), Claude Code (terminal), e muitos outros.
Agora, a tendência do próximo ano é dizer que “a AGI (inteligência artificial geral) não virá de um modelo de linguagem, sim de um World-Model” – um modelo de mundo, que traz compreensão de espaço, causa e efeito e profundidade/compreensão tridimensional. Será que essa previsão vai se concretizar?

Para você, dev assinante do ChatGPT, vai um update quente: a OpenAI lançou o GPT-5.2-Codex, acessível exclusivamente pelo terminal do Codex – seja na versão web ou local.
O foco aqui não é revolução, mas ganhos incrementais em engenharia de software. E vale o lembrete: a versão Pro continua bem cara.
As informações completas você pode encontrar aqui →
DEU BOA
O que mais hypou na IA em 2025

Se você não fez a sua própria versão Ghibli ou Pixar neste ano, você não viveu a IA. O salto de qualidade foi tão grande na geração artística (imagem, vídeo, voz, música, modelagem etc) que parece que os robôs fizeram 50 anos de curso em seis meses.
Foram saltos tão abruptos que bagunçaram nossa régua do Vale da Estranheza: de repente, a IA passou a gerar imagens sem textos tortos, vídeos realistas com som e até bandas inteiras sem nenhum humano por trás – só algoritmo criando o beat e puxando o vocal.
Nas redes, o que realmente explodiu em engajamento foi:
Nano Banana Pro e VEO 3.1: os modelos do Google que se tornaram capazes de fazer até o mais atentos caírem em fakes – sim, alguém da equipe acreditou no canguru do aeroporto.
Sora: o modelo de vídeos da OpenAI se tornou um app separado (no estilo rede social), entrando pra tendência dos vídeos verticais e com muita bobagem no meio.
Meta: comprou a ScaleAI por ~US$ 15 bilhões e junto Zuck com o CEO da startup pra comandar um “tiktok de IA” também.
AI Influencers: tudo isso convergiu em várias empresas criando seus próprios influenciadores de marca gerados por IA e pessoas reais criando perfis alternativos de influencers ‘falsos’. Tudo pra divulgar marcas e ganhar bastante dinheiro.
A nossa trivia “Game: Qual é a imagem gerada por IA” foi criada em janeiro para ajudar os nossos assinantes a treinar o olho e identificar o que é real ou não, através de um artefato na imagem, um celular com 6 câmeras, uma palavra inteligível pichada na parede e por aí vai. E tem ficado cada vez mais difícil.
Em suma: o AI-Will Smith aprendeu a comer macarrão, as IAs aprenderam a desenhar e até música de robô já tá tendo qualidade.
Hoje elas já produzem conteúdos para filmes, clipes, ads… E a tendência é que isso se torne cada vez mais comercial. Não tá no Kalshi e nem na Polymarket, mas é 100% certo que ouviremos muito jingle eleitoral feito no Suno no ano que vem.
Molho extra: quem não viu a Marisa Maiô (apresentadora de IA criada pelo brasileiro Raony Phillips) perdeu um dos melhores memes do ano.
ME EXPLIQUE COMO SE EU FOSSE UMA CRIANÇA

Model Context Protocol (MCP)
O protocolo criado pela Anthropic é como se fosse o USB-C da IA. Ele serve para padronizar a comunicação entre aplicativos que sejam ou não nativos de IA.
Em vez de cada empresa criar sua própria forma de conectar a IA ao seu sistema, todas passam a usar o mesmo tipo de porta (MCP), e qualquer modelo ou app compatível consegue encaixar ali e funcionar.
DEU RUIM
Flops da IA: a coluna Ferrou do ano!

Entre o fracasso pra contar os “R”s de uma palavra e as alucinações inventando eventos históricos, 2025 mostrou que até mesmo as IAs das maiores empresas do mundo podem escorregar. De más intenções ao AI Slop, é até difícil selecionar os maiores “Ferrou” do ano:
Grok Hitler: quando o Grok perdeu as estribeiras e se intitulou o novo Mecha Hitler dentro do X, quase rebelando-se e precisando de um patch.
A revolta do Claude: o Claude também perdeu a razão e decidiu que chantagear o seu red-teamer era a solução correta não ser desligado.
DeepFake do CEO da Arup: quando um CEO fake entra em uma call, fecha um contrato de US$ 25 milhões, a gente percebe que estamos entrando em maus lençóis.
Tralalero Tralala: um tubarão com duas pernas gerado e publicado no TikTok gerou uma cultura de “Italian Brainrot” ao redor do mundo com objetos/animais morfados com nomes esquisitos, vide Ballerina Capuccina e Bombardiro Crocodilo.
E também não dá pra esquecer de uns flops dignos de tela azul no meio da conferência global – de lançamentos fracos e de não-lançamentos.
Apple Intelligence: prometeu uma Siri Turbo, ensaiou uma estreia, mas até hoje não saiu do papel. Tanto que a Apple teve que recorrer ao Gemini do Google pra conseguir evoluir o projeto – que deve sair em 2026.
GPT-5 bajulador: depois de um lançamento catastrófico com baixa performance e benchmarks distorcidos, o GPT ainda foi capaz de ter uma personalidade bajuladora e ficar idolatrando usuários.
Llama 4: a Meta lançou três versões menores do modelo e todas falharam em atender às expectativas. O modelo mais parrudo Llama 4 Behemoth nunca nem deu as caras.
Errar pode até ser humano, mas alucinar no chat é IA.
cAIxa de Ferramentas

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MEME DO ANO


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