Hey, Droppers!

Na coluna ‘Ferrou’ de hoje: depois de todo mundo criticar os textos gerados por IA pelo uso de palavras pouco naturais, agora o uso prolongado do ChatGPT pode estar afetando o nosso vocabulário – que incorpora esses mesmos termos no dia a dia. Quem tá treinando quem?

MODELOS

Quando chegará a AGI?

A inteligência artificial geral (AGI) ainda vive no mundo das ideias: para alguns, é o ápice da tecnologia; para outros, "a perdição da humanidade”. E, enquanto não existe nenhum consenso sobre o que exatamente é essa AGI, o que resta é a expectativa de quando ela vai chegar.

Um levantamento juntou +8.500 opiniões de pesquisadores, empreendedores e do mercado de previsões para ver para onde a bússola aponta, e cada nicho tem uma opinião diferente:

• Pesquisadores: estudos consolidados mostram 50% de chance de atingirmos a AGI perto de 2040; em 2019, as previsões apontavam para ~2060.

• Empreendedores mais otimistas: apostas "agressivas" colocam a chegada entre 2026 e 2032 (Elon Musk, Dario Amodei, Jensen Huang…)

• Mercado de previsões: as apostas no Metaculus dizem que em 2030 chegará a AGI, mas antes disso terão alternativas próximas.

• Surveys: 76% dos entrevistados no evento anual da Associação pelo Avanço da IA dizem que escalar o que temos não deve levar à AGI e talvez seja preciso uma nova abordagem de IA.

No fim, a AGI parece menos uma linha do tempo e mais um espelho: cada grupo projeta nela suas crenças, medos e interesses. Seja em 2026, 2030 ou 2060, a questão talvez não seja sobre quando ela chega, mas sobre quem vai estar preparado.

IA POR AÍ

• ChatGPT disponibilizou o recurso Projects para os usuários gratuitos, com controle de memória exclusiva.

• Palantir lançou uma campanha mostrando, com exemplos reais, que a IA serve para potencializar o trabalho das pessoas e não para substituí-las.

• Microsoft deu um ano dos serviços 365, incluindo todos os recursos do Copilot, para o Governo Americano, gratuitamente.

• NotebookLM está recebendo o formato de Pop Quizzes para ensinar com interatividade.

• Mistral Le Chat recebeu +20 novos conectores MCP, memória do usuário com possibilidade de importar memórias do ChatGPT. Tudo no plano Free.

• Pesquisadores britânicos estão desenvolvendo um estetoscópio com IA, que detecta doenças cardíacas graves em segundos.

FERRAMENTAS

Top 100 da GenIA

Basicamente todo dia surgem novos SaaS, MicroSaaS e GPT-Wrappers, todos querendo ser a nova ferramenta do momento e faturar milhões. Mas apesar dos lançamentos constantes, o Top 100 da a16z mostra que o ecossistema da IA está estável – e há somente 11 novos apps em relação a março.

São duas listas distintas: web e mobile. A primeira é feita a partir do volume de visitas nas ferramentas; enquanto a de apps para celular é baseada no número de usuários ativos mensais.

Na Web, em ordem, os pódios:

• Assistentes: ChatGPT, Gemini e DeepSeek (com Grok e Perplexity em seguida).

• Vídeo & Multimídia: Google Veo (via Google Labs), KlingAI e Veed.

• Para fins educacionais: NotebookLM, QuillBot e Gamma.

• Vibe Coding: Google AI Studio, Lovable e Cursor.

No mobile:

• Assistentes: ChatGPT, Gemini e Doubao (mais DeepSeek e Perplexity).

• Vídeo & Multimídia: VivaCut, Filmora e Pixverse.

• Para fins educacionais: Photomath, Brainly e Gauth.

• Foto & Edição: Remini, Photoroom e Meitu.

Os resultados mostram algo que já era esperado: não somente as ferramentas mais usadas mudam de acordo com a plataforma, mas as categorias também.

No fim das contas, o ranking mostra que a corrida da IA não é só sobre quem cria algo novo todo dia, mas quem consegue passar a barreira do hype e virar hábito. Apps que entram no Top 50 não estão só no jogo – estão dentro do bolso (ou da aba favorita) de milhões de usuários.

PROMPT LIKE A PRO

Do nível 1 ao 4 de profundidade

Tratar o seu assistente favorito de IA como se fosse uma barra de busca é um desperdício do poder das ferramentas e do seu precioso tempo.
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CHATBOTS

A urgência de proteger usuários vulneráveis

Num cenário de isolamento social e ansiedade em alta, muita gente passou a buscar acolhimento em conversas com chatbots. Mas a possibilidade cria um dilema: como proteger usuários vulneráveis sem perder o lado útil da tecnologia?

Em agosto, o debate ganhou força após o NY Times publicar a história de um garoto que tirou a própria vida.

• Por um lado: a família do jovem alega que o ChatGPT teria reforçado as ideações em vez de encerrar as conversas ou indicar aconselhamento profissional.

• Por outro: embora a OpenAI conteste, já anunciou mudanças na ferramenta: vai transpor conversas sensíveis para modelos específicos e lançar controles parentais.

Ao identificar os sinais de sofrimento emocional, o ChatGPT a partir de agora deve mudar o modelo usado para não trazer respostas comuns, mas informações mais cautelosas e links de ajuda – com a ressalva de que chatbots não substituem cuidado clínico.

A tragédia é recente, mas o debate não. 52% dos jovens americanos já usam chatbots regularmente e a dependência emocional virtual tem se tornado um problema real. Como as grandes empresas estão se mexendo para mitigar isso?

• ChatGPT: controles parentais serão lançados no próximo mês e agora possui uma detecção precoce de risco com direcionamento a recursos de apoio.

• Meta: após reportagens e pressão de senadores, bots não devem engajar adolescentes em temas sensíveis ou romances.

• xAI: possui o Kids Mode dentro do App, filtrando algumas respostas, mas ainda não possui total eficácia — enquanto desenvolve o Baby Grok.

São passos que rumam a um caminho mais seguro, mas o efeito real depende do teste nos “casos cinzentos” – quando as mensagens não são explícitas, mas o sofrimento existe. Aí aumenta o desafio das IAs identificarem que precisam fazer encaminhamentos mais claros.

→ Se você ou alguém que conhece está passando por dificuldades, procure ajuda de um profissional de saúde mental ou utilize recursos de apoio disponíveis, como o CVV (Centro de Valorização da Vida), que tem telefone, chat, e-mail e até endereço físico.

GAME: QUAL IMAGEM É GERADA POR IA?

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