Hey, Droppers!

Na coluna Ferrou de hoje: melhor pensar duas vezes antes de pedir conselhos ilegais e/ou prejudiciais para o seu chatbot de IA, porque ele pode te dedurar para as autoridades – é o que mostra um relatório da Anthropic sobre o Claude 4 Opus.

DADOS

Google e a IA que simula mundos

Se conhecimento é poder, dados são a munição. E nesse cenário, a corrida pelo LLM mais avançado do mundo deixou de ser sobre arquitetura de modelo ou benchmark e agora gira em torno de quem tem acesso à maior (e mais valiosa) pilha de dados do planeta.

O Google afirma processar, sozinho, 480 trilhões de tokens por mês – quase 5x mais que os 100 trilhões da Microsoft. São dados que se destacam pelo volume e também pela variedade enorme: texto, imagem, voz, vídeo, localização e comportamento – tudo extraído diretamente de todas as fontes da Alphabet Inc.

Por trás dessa coleta, existe uma ambição mais profunda, e tão low profile quanto: construir um World Model. Nunca ouviu falar? Passamos a caneta dropadora pra você:

• É um modelo que não entende somente linguagem, mas também como o mundo funciona: física, espaço, tempo, intenção e consequência.

• O Google quer que seus modelos ‘imitem o cérebro’, como o CEO da DeepMind disse — isso inclui imaginar cenários, fazer planos e simular realidades.

• Para isso, é preciso muito mais do que texto, mas também vídeos, mapas, comandos de voz, históricos de busca e muito contexto.

E por que construir um World Model? Apesar de a explicação fazer parecer que estamos perto de uma nova Matrix, no mundo real as coisas são bem mais simples.

O objetivo do Google com isso é criar um assistente universal de IA, que entende o contexto, planeja e age por você — em qualquer dispositivo. Na prática, significa fazer isso mantendo os usuários em seus próprios ambientes de controle de dados e receita.

IA POR AÍ

• MiniMax lançou o One-RL-to-See-Them-All, uma abordagem de aprendizado por reforço de VLMs que facilita o aprendizado à primeira vista.

• Google criou o Google Gen AI SDK TypeScript/JavaScript para simplificar o desenvolvimento com modelos Gemini 2.5, com suporte ao MCP.

• Gerdau atingiu precisão de 95% no teste de normas e avaliação de novos produtos com a IA da Microsoft.

• Claude 4 Opus fez um autorretrato um tanto quanto perturbador, ficando bem diferente da sua autoimagem da versão anterior.

• Nvidia irá começar a vender chips Blackwell AI mais baratos para a China após começar a perder espaço de mercado para o Ascend 910B da Huawei.

• Browser-Use, da biblioteca open-source, atualizou sua plataforma e agora permite tarefas assíncronas.

ROBÓTICA

De LLM para MMA: 1° campeonato de luta de robôs

Cenas que parecem saídas diretamente do filme Gigantes de Aço estão prestes a se tornar realidade. Uma competição chamada Mecha King vai acontecer em dezembro, na China, com o primeiro torneio oficial de combate entre robôs humanoides de tamanho real.

A disputa é organizada pela EngineAI, que vai fornecer os robôs e o código para que as equipes possam treinar e personalizar suas máquinas. O objetivo vai além do espetáculo visual: a ideia é criar um ambiente de estresse para acelerar os avanços em percepção, equilíbrio, tomada de decisão e execução em tempo real.

Antes do torneio principal:

• Em 25 de maio, aconteceu o aquecimento da competição principal, em Hanghzou;

• O evento incluiu partidas demonstrativas e confrontos controlados por humanos em tempo real;

• A startup Unitree Robotics colocou suas criações para saírem na mão;

• Os testes estão ajudando a definir as regras e limites do combate, enquanto os robôs aprendem sobre adaptabilidade.

Com a força metálica saindo dos laboratórios, eles estão entrando de vez no mundo real e criando um novo mercado dentro da economia cibernética — e também um MMA cibernético. Mas é claro que os motivos vão além do entretenimento.

O cofundador da EngineAI diz que robôs que dançam, se exercitam e lutam são o caminho para a criação de versões mais leves e úteis no dia a dia. Ou seja: “sair na mão” é só uma forma de evoluir os humanoides e criar adaptações que podem ser usadas em setores de saúde, indústria e serviços.

ME EXPLIQUE COMO SE EU FOSSE UMA CRIANÇA

LLM

Claude 4: feito por gente para agentes

Enquanto Google e Microsoft dominavam os holofotes com os keynotes, a Anthropic preferiu ficar na luz baixa com um evento mais discreto: o Code with Claude. Feito para devs e sem muito alarde, o grande objetivo era mostrar como a startup quer disputar a próxima fase da corrida dos agentes.

A Anthropic destacou bastante como usar os novos motores e seus agentes para otimizar funções de desenvolvimento – o que inclui execuções longas sem perda de contexto e adaptação ao estilo de trabalho humano. Várias atualizações e ferramentas também foram apresentadas:

• Code Execution Tool na API: a Anthropic liberou a execução de códigos e o modelo pode decidir rodar Python, gerar gráficos ou calcular resultados.

• Conector MCP: agora servidores MCP podem ser utilizados em códigos, sem a necessidade de um cliente MCP (Claude, Cursor etc).

• Claude Code: o agente de codificação era restrito, mas agora fica aberto para todos usuários – com pagamento via tokens na API ou no plano Claude Max (US$ 100/mês).

• Integração com o GitHub: o Claude pode ser instalado em um repositório e fazer atualizações, correções, revisões etc.

Seguindo a tendência do mercado, a Anthropic se mostra bastante focada em dar mais poderes de dev ao Claudinho e mais asas ao MCP. O objetivo disso tudo? Acelerar processos de desenvolvimento e simplificar cada vez mais a interação entre ferramentas e agentes.

P.S: Com a atualização do LLM, o Claude 4 se torna o melhor modelo de coding do mercado – ficando acima de Gemini 2.5 Pro, o3 e Codex-1 no SWE-Bench.

CAIXA DE FERRAMENTAS

• Tars: crie fluxos de agentes de IA com diagramas.

• Browser-use: o agente que usa computador com LLMs externas ou locais.

• Kling AI: faça vídeos ultra-realistas com um dos melhores modelos.

• Langflow: uma biblioteca gratuita para criar workflows com IA.

• Fluig: transforme ideias e documentos em diagramas.

MEME DA SEMANA

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Ainda não damos robôs do MMA

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