
Hey, Droppers!
Na coluna ‘Ferrou’ de hoje: o AiDrop nunca teve uma edição que ficou datada tão rapidamente quanto a de terça-feira – Sundar Pichai anunciou o Gemini 3 no seu perfil às 13h02 (dois minutos depois da publicação). Pelo menos nós avisamos que estava iminente.
No AiDrop de hoje, repetindo a palavra IA trocentas vezes:
• Google: estado-da-arte com o Gemini 3
• Meta: reconstruindo o mundo em 3D
• IA por aí: Poe, Replit, Anthropic e mais…
• Prompt Like a Pro: estruturando o vibe coding

LLMs
Google: estado-da-arte com o Gemini 3

A guerra pelo trono da melhor IA é tão real que não levou nem 48 horas para o Google recuperar o posto que o Grok roubou no começo da semana. O tão aguardado Gemini 3 chegou e os rumores e testes feitos para grupos fechados se provaram reais.
O novo modelo chegou em duas versões: Pro e Deep Think, com o primeiro em acesso público e o segundo só para usuários Google AI Ultra (de R$ 1.209/mês). Em detalhes:
Acesso: você pode usar o Gemini 3 Pro através do Google AI Studio e Gemini App, gratuitamente – e se você for dev, também pela API.
Performance: o novo Gemini é o que chamamos de “estado-da-arte” (SOTA). Ou seja: a melhor performance que pode se obter em um modelo de IA no momento. A comprovação vem de testes:
WebDev, Matemática, Escrita criativa, Habilidades multimodais (compreensão em vídeos e áudios) e muitos outros – inclusive nos testes mais difíceis do momento, Humanity’s Last Exam e ARC-AGI-2.
O único teste em que o modelo ficou para trás é o SWE-Bench, que envolve engenharia de software – e o Claude Sonnet 4.5 segue favorito por uma pequena margem.
Conhecimento: a base de treinamento vai até janeiro de 2025, mas o restante pode ser coberto via buscas na web feitas automaticamente para completar as informações.
Janela de contexto: mantém o padrão dos seus outros modelos, 1 milhão de tokens, com o tamanho máximo de 65k tokens de saída em uma resposta única.
Pra completar o modo blockbuster do Gemini, o Google voltou hoje aos holofotes e anunciou a chegada do Nano Banana Pro, que pode criar imagens e vídeos com ainda mais qualidade que a versão anterior.
Embora o Gemini 3 seja um grande lançamento para o Google, o CEO Sundar Pichai ficou empolgado e decidiu mostrar que não tinha só um projeto na manga:
→ Google AI Mode: integração do modo IA do mecanismo de busca padrão com o novo Gemini 3 Pro, oferecendo respostas mais completas e até interfaces gráficas para explicar temas.
→ Gemini Agent: para executar tarefas dentro do seu “próprio” navegador, através do Gemini – disponível apenas para usuários AI Ultra.
→ Antigravity: o novo editor de códigos próprio que possui agentes de IA internos e pode ser integrado em outras ferramentas.
A competição segue acirrada: Grok acelerando, Gemini pegando a coroa de volta, Anthropic captando pra expandir no B2B… Agora a bola tá na quadra da OpenAI.
PS: Elon Musk, que ficou para trás logo depois de ter lançado o Grok 4.1, já anunciou que o Grok 4.20 deve sair perto do Natal. Sim, vai se chamar “4.20”.
PS2: o X/Twitter foi inundado por projetos de “one shot vibe coding” que parecem mágica, mas nem todo mundo comprou o barulho – e esse combo de xweet irônico + replies dá bons exemplos.
IA POR AÍ
Poe implementou o recurso de chat em grupo com IAs, podendo adicionar até 200 participantes na conversa.
Replit aproveitou o lançamento do Gemini 3 e lançou o modo Design dentro do app com o novo modelo integrado, prometendo o “fim do Slop AI Design”.
Anthropic pode estar com o Claude 4.5 Opus pronto para lançamento em breve.
MidJourney lançou a página de perfil para os criadores: agora, eles podem adicionar foto de perfil e capa, além de destacarem criações.
SOCIAL
Meta: reconstruindo o mundo em 3D

Já faz anos que a IA consegue reconhecer objetos – e você até ajudou nesse treinamento ao provar que não era um robô identificando 3 motos em 9 fotos. Agora, os próximos passos são evoluir na classificação e reconstrução desses elementos em 3D e a Meta acelerou na corrida.
Se você não conhece o Segment Anything Model (SAM), não se preocupe – ele não é tão famoso, mas seu propósito resolve um dos maiores gargalos da IA: converter o mundo físico em algo que a máquina entende. O que a Meta fez agora foi lançar duas versões novas: SAM 3 e SAM 3D.
A versão anterior já era capaz de reconhecer e recortar objetos em vídeos/imagens, mas agora também pode reconstruir tudo virtualmente e executar edições rapidamente (que incluem criar personagens cabeçudos ou pixelar imagens sigilosas).
Processamento: é capaz de analisar imagens e vídeos, identificar elementos e fazer recortes para criar objetos 3D – editando cenas completas.
Para as cenas: faz o recorte dos objetos a partir de uma foto e pode recriá-os em modelos 3D, inclusive com texturas.
Para corpos: ele recorta a silhueta da pessoa e gera a pose em um modelo 3D em branco, posicionando perfeitamente as articulações do corpo.
Pra que serve isso na prática? Calma que o Drop responde:
Uma utilização para a reconstrução automática dos objetos pode ajudar na compra de móveis dentro do Marketplace do Facebook, por exemplo – com os usuários vendo como o objeto ficaria dentro de casa com realidade aumentada.
Esse modelo reforça uma tendência que estamos vendo ficar cada vez mais em alta: a AGI não deverá ser criada através de modelos de linguagem, mas de um supermodelo capaz de entender além da escrita, interpretando todo o mundo à volta dele.
Além disso tudo, como a transição da Meta de social-first para ai-first ainda está em andamento… é claro que os recursos também devem inundar Reels e Stories no Instagram nas próximas semanas.
Enquanto a Meta foca em desenvolver o seu feed de IA e lançar mais RayBans inteligentes, fica a pergunta: será que tem um novo Llama a caminho ou a big tech desistiu de participar da vanguarda dos LLMs?
PS: na edição da terça passada falamos sobre os “modelos de mundo” que a pesquisadora Fei-Fei Li diz serem o futuro da IA e que precisam desse tipo de avanço. Confere aqui →

Como ninguém gosta de ver a festa só pelos stories dos outros, a OpenAI também decidiu lançar uma grande novidade: o GPT-5.1-Codex-Max.
Esse é o seu melhor modelo de coding até agora e durante os testes conseguiu ultrapassar as 24 horas de execução autônoma sem pausas – uma marca bem relevante para o mercado.
O novo Codex já está disponível para os usuários GPT Plus, Pro, Business, Education e Enterprise.
PS: mesmo usando 30% menos tokens que a versão anterior, o novo Codex ultrapassou as marcas do Gemini 3 Pro em testes de coding.
PROMPT LIKE A PRO
Estrutura básica para Vibe Coding
Hoje em dia, a única barreira entre você poder fazer um aplicativo e ter esse aplicativo pronto é querer (e tentar fazer). O Vibe Coding é real, existe e não morde: você pode criar um aplicativo diretamente pelo Google AI Studio.
O Vibe Coding é muito mais do que criar um app a partir de um prompt único, afinal, nenhuma IA acerta de primeira. Aqui fica uma sugestão de por onde você pode começar seu projeto:
# Crie um app chamado [NOME_DO_APP] que ajuda [PÚBLICO-ALVO] a [OBJETIVO_PRINCIPAL].
## O que o app faz:
1. [AÇÃO_PRINCIPAL_1: ex: "criar tarefas com título e prazo"]
2. [AÇÃO_PRINCIPAL_2: ex: "arrastar itens entre colunas"]
3. [AÇÃO_PRINCIPAL_3: ex: "marcar itens como concluídos"]
## Como deve funcionar:
- Quando o usuário [INTERAÇÃO: ex: "clica em '+'"], o app [RESPOSTA: ex: "abre um formulário simples"]
- Os dados são salvos [ONDE: ex: "no navegador, sem login"]
- O visual deve ser [ESTILO: ex: "limpo, com cores neutras e fonte grande"]
## O que NÃO incluir:
- [RESTRIÇÃO_1: ex: "sistema de login"]
- [RESTRIÇÃO_2: ex: "banco de dados externo"]
- [RESTRIÇÃO_3: ex: "recursos complexos de compartilhamento"]
GAME: QUAL IMAGEM É GERADA POR IA?
Quem nunca esteve aproveitando o ferIAdo?

Alternativa A

Alternativa B
Depois de descobrir se acertou, você pode indicar o AiDrop pros seus amigos. Pode avisar também que toda quinta tem mais testes como esse.

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