Hey, Droppers!

Na coluna ‘Ferrou’ de hoje: disque-bênção ou disque-golpe? Um pastor lucrou R$ 3 milhões com um call-center de orações geradas por IA, com cada mensagem personalizada custando ~R$ 50 para os fiéis. Para quem gosta da fofoca completa, o grupo foi preso no dia 08/10.

No AiDrop de hoje, repetindo a palavra IA trocentas vezes:

• Energia: a IA está sedenta
• Salesforce: super-agentes no mercado
• Microsoft: de volta ao jogo
• IA por aí: Unitree, Grok, n8n e mais…
• Me explique como se eu fosse uma criança: Por que a IA demanda tanta energia?

ENERGIA

A IA está sedenta por eletricidade

Você já deve ter ouvido: a IA tem uma demanda energética gigante. É verdade hoje e vai ser ainda mais no futuro próximo… Mas o que isso significa em números? Dá uma olhada nas parcerias que a OpenAI já tem para entender o tamanho dessa necessidade.

  • Projeto Stargate: fechou um contrato com a Oracle para planejar data centers de até 10 GW dentro dos EUA;

  • Nvidia: uma parceria com a gigante dos chips promete US$ 100 bi para implantar infraestrutura de pelo menos 10 GW até 2030;

  • AMD: a OAI também vai usar chips da AMD ao longo dos anos para alimentar data centers que podem chegar até 6 GW de consumo;

  • Broadcom: para ter menos dependência das fabricantes, fechou uma parceria para desenvolver seus próprios chips para data centers de até 10 GW.

Isso resulta em ~36 GW para os próximos anos, o que significa um salto de 36x em relação aos ~1 GW atuais – essa conta fizemos de cabeça, droppers.

Para você entender quanto equivale essa energia: no ano de 2024, o Brasil utilizou 70 GW; ou seja, a OpenAI está ‘garantindo’ capacidade computacional que demandará o suficiente para utilizar pelo menos 50% da energia que nosso país utilizou por um ano inteiro.

A OpenAI é a única do setor que expõe seus números abertamente. Mas as estimativas para as rivais são:

  • Google: utiliza 3,5 GW atualmente (não somente com IA), mas já contratou mais de 17 GW em energia limpa para sustentar seus data centers – e investiu US$ 15 bi na Índia para um data center de 1 GW.

  • xAI: um relatório recente mostrou que a xAI utiliza entre 150 e 300MW, mas tem planos de construir um data center que utilizará 1,2 GW.

  • Meta: não tem dados públicos do consumo atual, mas há um plano de 5 GW do data center Hyperion, com pelo menos 2 GW disponíveis até 2030.

  • Anthropic: seu consumo é calculado como menos de 1GW, mas a empresa publicou que estima que o setor da IA demandará pelo menos 50 GW até 2028.

Agora, o dilema não é mais quanta energia a IA vai precisar, mas sim de onde virá essa energia. O mais provável é que a maioria siga a linha da Microsoft, que pretende trabalhar com energia nuclear reativando a usina de Three Mile Island. O que também falta saber é se o ritmo da geração vai conseguir acompanhar a demanda.

IA POR AÍ
  • Grok adicionou um update na voz Eve, que agora se comunica com muito mais naturalidade.

  • ChatGPT foi adicionado dentro do Slack para uso de dados de equipes – logo após o Claude adicionar esse recurso.

  • n8n desenvolveu um AI Workflow Builder dentro da plataforma, mas só vale para os planos pagos (web-hosted).

  • Unitree mostrou a nova versão de treinamento do seu robô G1 (com movimentos de Kung Fu) ainda mais dinâmicos.

  • Google VEO 3.1 está sendo disponibilizado aos poucos para os usuários; agora com vídeos até 1080p e de 30 segundos.

  • NotebookLM adicionou 6 novos estilos no Video Overviews e um resumo para insights rápidos; recurso disponibilizado inicialmente para usuários Pro.

Todo mundo fica apreensivo quando pensa nos deepfakes invadindo as eleições e chegando nas mãos dos golpistas, mas isso também é um problema quando usado por alguns adolescentes.

Nos Estados Unidos, isso chegou num ponto em que a Polícia está pedindo pra que jovens parem de usar a IA para fingir que há pessoas em situação de rua dentro de suas casas.

Basicamente: o adolescente gera a imagem com filtros de IA e manda para os pais dizendo “ele disse que te conhece da faculdade e agora tá na sua cama”.

O custo do trote? Os pais acionam a Polícia → destacamentos vão atrás do alarme falso → recursos são gastos à toa → problemas reais ficam sem atendimento.

AGENTES

A super IA da Salesforce

A maioria das empresas está tentando integrar IA no atendimento e operações. E enquanto startups criam soluções, as big techs vão tentando empacotar esses recursos para os clientes em suas plataformas.

É o que fez a Salesforce, que atendeu a pedidos e atualizou o Agentforce como resposta aos lançamentos recentes de seus concorrentes, com:

  • Agent Script: um novo sistema de programação focado em if/else para obter respostas mais flexíveis e previsíveis.

  • Agentforce Builder: uma plataforma centralizada para criar, testar e implementar agentes de IA; incluindo o Agentforce Vibes para coding.

  • Integração com Slack: os principais apps do Salesforce (Sales, TI e RH) estarão integrados ao Slack através de um novo SlackBot – que funciona como um agente de IA personalizado.

  • Agentforce Voice: um sistema de chamadas ultrarrealistas e com baixa latência para call-centers.

As atualizações surgem dos pedidos de clientes e da observação do mercado, que continua evoluindo em ritmo frenético. Na semana passada, o Google lançou o Gemini Enterprise e a Anthropic fechou acordos com Deloitte (500k usuários) e IBM – mostrando um aumento de tração no segmento empresarial para as startups de IA.

O objetivo agora deverá ser transformar o CRM em uma plataforma completa que orquestra automações com IA. Ao que tudo indica, a vantagem competitiva será de quem souber integrar dados, não apenas empacotar ferramentas.

ME EXPLIQUE COMO SE EU FOSSE UMA CRIANÇA

Por que a IA demanda tanta energia?

Treinar ou conversar com uma IA é como usar um supercomputador para fazer milhares de contas ao mesmo tempo. Isso gasta muita energia.

Para você ter uma ideia: mandar 1.000 mensagens para uma IA gasta mais ou menos a mesma energia que deixar uma lâmpada LED acesa por 10 horas.

Agora, imagine 1 milhão de mensagens – isso já equivale ao que uma casa inteira consome em um mês.

Isso acontece porque os data centers em que as IAs rodam são cheios de chips potentes, que precisam de resfriamento constante – e quanto maior o modelo, mais energia ele gasta.

PS. Sabe o que demanda pouca energia? Clicar aqui e pegar seu link de indicação do AiDrop. Tem brindes? Sim!

MODELOS

Microsoft: de volta ao jogo

Os US$ 10 bilhões que a Microsoft colocou na OpenAI foram suficientes para a relação ser próxima por um bom tempo. Mas a valorização – que levou a startup aos US$ 500 bi – fez a fatia da Microsoft ficar bem fina e, aos poucos, o distanciamento entre as duas empresas vai ganhando mais cara de divórcio.

A OpenAI buscou novos parceiros e a Microsoft tentou reduzir a dependência. Agora em 2025, a big tech entrou de vez no jogo dos modelos: depois de versões pro Copilot e pra geração de áudio, lançou uma IA 100% focada em criar imagens.

Dá uma olhada na família:

  • MAI-1-preview: seu modelo de linguagem próprio com ~500B parâmetros foi anunciado e disponibilizado para disputas entre modelos no LM Arena, e será integrado no Copilot em breve.

  • MAI-Voice-1: junto com o seu LLM, foi anunciado no final de agosto o seu modelo de geração de narrações, com a habilidade de gerar 1 minuto de áudio em menos de 1 segundo – já sendo usado pelo Copilot Daily e em recursos de podcasts.

  • MAI-Image-1: o seu primeiro modelo de geração de imagens feito in-house, pegou o Top 9 no LM Arena – mas ainda ficando atrás do GPT-Image-1.

A ideia é competir de frente com ferramentas como Midjourney (e, talvez um dia, nano-banana), oferecendo integração direta com o ecossistema Microsoft e reforçando o arsenal do Copilot. Tudo para depender menos de parceiros e começar a assinar o próprio estilo visual da era da IA.

Como a Microsoft é service-first, tudo é pensado para dar mais munição a esse setor. Assim, as ferramentas vêm sendo cada vez mais aprimoradas para se encaixarem no 365, integrando o Copilot em diversas etapas do workflow.

Enquanto a OAI lidera, a Microsoft vai abrindo porteiras para outros LLMs dentro do Azure. E com menos amarras, modelos próprios e mais integrações… aos poucos vai mostrando que não está esperando de braços cruzados enquanto o mercado resolve tudo sozinho.

STARTUP CORNER

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